Falta gente nessa história
D urante anos ouvimos que a Carta de Pero Vaz de Caminha é a certidão de nascimento do Brasil. E Pedro Alvares Cabral, nosso pai. Assim fomos educados nessas narrativas que deram o tom da nossa história. Personagens “importantes”, datas e seus grandes feitos. E olhando para a escrita da história valinhense encontramos similaridade com essa “grande história nacional” aprendida. A certidão de nascimento de Valinhos é a Carta de Sesmaria concedida ao sesmeiro Alexandre Simões Vieira, em 1732. E na ausência de um pai biológico e fundador da cidade, e num desses arranjos historiográficos, o imigrante italiano Lino Busatto, ao qual se credita a introdução do “Figo Roxo” em Valinhos, é o nosso pai do coração. Valinhos (antigo bairro de Campinas), segundo escreveram, teve grande impulso após ser (umbilicalmente) ligada à Jundiaí pelos trilhos da ferrovia, por onde era transportado o café até o Porto de Santos e de lá para o mundo. E que a pujança da produção agrícola cafeeira somente