Incondicional
N ossos olhares se cruzaram pela primeira vez numa noite do feriado de 1o. Maio de 1992, após uma agenda como candidato a vereador. Comigo estava o nosso candidato a prefeito, juntos, erámos guiados pelas estrelas. As noites sempre foram as nossas anfitriãs para longas conversas acerca da poética que a cidade valinhense ainda dispunha. Os nossos sonhos eram retirados da poesia cotidiana, matéria-prima fundamental na composição do nosso extenso e ainda inacabado plano de governo. Aquela noite fria distanciava um considerável número de clientes daquela pizzaria que um dia existiu ali próxima ao Alves Aranha. O aroma das massas e seus recheios misturavam-se ao odor dos sabonetes exalados por uma ou outra chaminé da Gessy. Daquela mesa que estávamos ouvíamos um ruído contínuo vindo da Rigesa e conseguíamos avistar as longínquas e poucas luzes noturnas que circundavam a cidade. Nelas residia um dos nossos desconfortos ao nos depararmos com uma proposta vinda de outro candidato a prefe
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